O medo salvou a humanidade de predadores e de riscos desnecessários. Porém, com o avanço da civilização, o medo deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência e começou a surgir patologias em volta desse instinto protetivo.
É impossível sair de casa sem medo: Você atravessa a rua e olha para os lados por medo; Sente reflexos à sua volta por proteção – medo. É uma ferramenta evolutiva fundamental para a sobrevivência como espécie.
E o que acontece com o corpo?
Ao ficar assustado, o cérebro recebe uma grande descarga de adrenalina, que barra funções menos importantes e prioriza os mecanismos necessários para escapar da ameaça. Hoje pode ser uma violência como um assalto, mas no passado era qualquer animal que quisesse nos devorar.
O medo também causa alterações físicas protetivas:
- A pressão arterial e os batimentos cardíacos aumentam.
- As pupilas se dilatam.
- As artérias da pele se contraem para mandar sangue aos músculos (a razão para sentirmos calafrio).
- Os músculos ficam duros.
- Os sistemas digestivo e imunológico são desligados para guardar energia.
- O cérebro só se concentra em uma coisa: a ameaça.
A ansiedade é uma apreensão esperada diante de situações desconfortáveis. É como uma nova situação que é necessário se acostumar até que surja a confiança devida e vire um hábito. Enquanto o hábito não acontece, há a ansiedade que pode acarretar no sono, concentração, irritabilidade, etc. Ou seja, o medo de sentir medo.
Por pura proteção, a mente cria um desejo de segurança e a partir desse desejo, se cria o hábito inconsciente de evitar e afastar diversas situações e conflitos.
O medo é uma emoção, não há saída, todos terão em algum momento. Por isso, a importância de falar sobre ele. E fique tranquilo, falar sobre os seus monstros não os atrai, pelo contrário, te dá ferramentas para enfrentá-los.