O relatório desenvolvido pelo ONG Think Olga, indica que 45% das mulheres brasileiras têm um diagnóstico de ansiedade, depressão, ou outros tipos de transtornos mental no contexto pós pandemia de covid-19.
A ansiedade, transtorno mais comum no Brasil, faz parte do cotidiano de 6 em cada 10 mulheres brasileiras. A pesquisa foi feita com 1078 mulheres entre 18 e 65 anos em maio de 2023.
Em uma classificação de 1 a 10, as notas das entrevistadas foram:
- Para sua vida financeira: 1.4
- Para a capacidade de conciliação das diferentes áreas da vida: 2.2
Essa insatisfação atinge 54% das pretas e pardas.
As mulheres são as únicas ou principais provedoras em 38% dos lares.
As mulheres gastam 21,4 horas da semana em tarefas domésticas e do cuidado, os homens usam 11 horas.
O trabalho de cuidado com terceiros (filhos, pais ou companheiros) sobrecarrega principalmente as mulheres de 36 a 55 anos.
86% das mulheres consideram ter muita carga de responsabilidades.
E 26% das entrevistadas informaram que os padrões de beleza impactam negativamente na saúde mental.
O relatório não surpreende, as discussões em torno da sobrecarga da mulher é constante.
No entanto, para 91% das entrevistadas, a saúde emocional deve ser levada muito a sério e 76% estão buscando prestar atenção à saúde mental!
Porém, “cuidar” da saúde mental sem buscar alternativas para diminuir a quantidade de responsabilidades em torno da mulher, se torna um tratamento anestésico e paliativo.
As cuidadoras e mãe solo são as mais sobrecarregadas, com as tarefas domésticas e de cuidado, segundo a pesquisa, justificando a situação financeira limitada como o maior impacto para a sua saúde mental. Um fator de empobrecimento das mulheres.
Quando os cuidados serão divididos de forma equiparada?
Quando a saúde mental das mulheres deixará de ser fonte de pesquisa e passará a se tornar um plano de ação?
O relatório desenvolvido pelo ONG Think Olga em maio de 2023.
Fonte: Agência Brasil.