Não é difícil ouvir relatos (dentro e fora da clínica) sobre o medo de atravessar o processo de aprendizagem ao dirigir, ou parar com as tentativas por conta de muito estresse e nervoso.
É comum o medo ao iniciar algo novo, como aprender a dirigir. Ser aprendiz e, ao mesmo tempo, ter que se responsabilizar por um objeto tão maior e muito mais pesado que você. Mais ainda, se responsabilizar por outras vidas.
Não é fácil!
Aprender a dirigir, além de envolver o equilíbrio emocional para se pensar rápido com todas as influências que acontecem a sua volta, também há uma exigência cognitiva para processar tantas coisas a se fazer ao mesmo tempo (com os pés, mãos e olhos).
Algumas pessoas tem facilidade para enfrentar o medo e desconforto do aprendizado, outras entendem a atividade como um processo quase impossível para si. Mas por quê?
Existem diversas circunstâncias como:
- Traumas vivenciados consigo ou pessoas próximas;
- Exemplos ruins de condutores — principalmente durante a infância (brigas de trânsito, consumo de álcool, etc.);
- Estar em uma fase estressante;
- Consumo excessivo de notícias relacionadas a acidentes de trânsito;
- Entre outros.
Há também o contexto emocional, onde a falta de controle, sensação de vulnerabilidade e medo de errar podem dominar a situação e trazer a paralisação do processo de aprendizagem. Em ambas as situações, é importante avaliar cada mecanismo de defesa para que o processo ocorra de um jeito menos ansioso e perturbador.
Por isso, mesmo que seja um desafio comum para muitos, aprender a dirigir é muito particular e seu processo de aprendizagem também acaba sendo individual. Não se force e não aceite métodos de instruções que não promova a calma e o respeito de seu tempo.
Se de fato fizer sentido, aos poucos, mais um aprendizado será adquirido também!