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Mandalas e sua relação com a teoria Junguiana

Durante a passagem da guerra, Jung aos pouquinhos reproduzia desenhos que apareciam na sua mente (consciente ou nos sonhos), criando “personagens” para nomear aspectos da própria alma.

Até então era tudo uma experiência pessoal, sem intenção de levantar nenhuma técnica ou teoria sobre as imagens, até que conheceu Richard Wilhelm, autor de “O Segredo da Flor de Ouro” que apresentou mandalas taoístas. Foi aí que Jung percebeu que as mandalas não eram apenas uma reprodução dele, mas um símbolo coletivo! Muitas pessoas de diferentes culturas estavam desenhando diversos tipos de mandalas.

A partir desse insight, Jung começou a estudar sobre as mandalas.

Mas, o que são mandalas?

De acordo com Jung, mandala significa círculo e, mais especialmente, círculo mágico que aparece em: culturas e religiões, na natureza, em processos psíquicos entre psicóticos e neuróticos, e na arte.

Mandala Tibetana

Mandala com fins ritualísticos, está presente no budismo. Possui muitos detalhes e é dividida entre círculos e quadrados, representando um castelo. No centro, geralmente é desenhado uma divindade.

Mandala Asteca

Mandala que constava no calendário Asteca, povo que habitou a região do México entre os séculos XIV e XVI.

Mandala Olhos de Deus

Mandala nativa dos povos indígenas americanos para fins ritualísticos. É feita até hoje, inclusive no Brasil. Se tornou uma das atividades promovidas por arteterapeutas e por pessoas que gostam de artesanatos, sem alguma intencionalidade específica.

Vitrais em Igrejas

Na cultura ocidental e cristã, Jung também encontrou mandalas desenhadas em igrejas, principalmente no teto que é por onde passa a luz. Além da mandala, também há imagens com animais, o que identifica ser muito antiga já que os primeiros símbolos sagrados eram representados por animais.

Mandalas na Natureza

Significando algo especial, pois desde que o mundo é mundo, somos orientados pelo sol e pela lua. A nossa orientação vem do céu, sendo uma das simbologias mais fortes.

Também representa vários aspectos e tipos de vida que formam a figura da mandala. Podemos identificar nas flores, plantas, frutas, animais…

Mandalas no Micro e Macrocosmos

Mesmo não conseguindo enxergar a olho nu, o ser humano sempre teve predisposição a imaginar micro e macrocosmos como se fossem mandalas, considerando uma imagem armazenada no nosso inconsciente coletivo.

Mandalas no Corpo Humano

“As janelas da alma” são em formato de mandala, onde acredita-se que através do olhar, muitas vezes, se encontra a verdade, e que os nossos olhos são feitos para outras pessoas, nunca enxergaremos nossos próprios olhos sem um recurso de reflexo.

Mandalas Organizando Pólis

As mandalas aparecem inclusive na maneira de organizar a sociedade, desde uma fogueira com uma reunião a sua volta.

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