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Por que o nosso cérebro não gosta e boicota dietas?

Seja por uma melhora de bem-estar, seja por algum tratamento com foco na saúde ou seja por estética, um grande sentimento de fracasso pode surgir após “falhar na dieta”. Ou quando, em alguns casos, a compulsão alimentar toma conta promovendo outras complexidades além da batalha interna de conseguir cumprir com o objetivo que gostaria.

A história da dieta é longa e requer diversos debates, mas hoje trouxe um olhar mais histórico e científico do motivo das dietas restritivas sempre darem errado — e sempre darão!

Por isso o respeito pelo corpo, pelas nossas necessidades e investimento em auxilio para os novos processos são tão essenciais. A alimentação também é uma via para se tratar com carinho!

Pra que essa pergunta seja respondida, é necessário voltar no tempo e entender o nosso medo primário da escassez.

Num passado muuuuuito distante, a sobrevivência era extremamente difícil, todos os dias definitivamente eram dias de luta. O ser humano usava de todas as estratégias para sobreviver.

O ser humano era muito mais ativo, pois para as coisas acontecerem, inclusive para sobreviver, ele deveria ir atrás da caça para alimentação, proteção contra temperaturas frias e bebida para hidratação. Se ele não fizesse, nada aconteceria.

Como naquela época cada dia era único, o corpo “aprendeu” a armazenar a maior quantidade possível de energia obtida a partir dos alimentos, criando capas de gordura no nosso corpo – uma garantia de que o corpo teria combustível suficiente para funcionar mesmo em condições adversas.

Hoje os tempos mudaram, muitos passam a maior parte do tempo sentados, se movimentar é uma opção, as comidas chegam através de um único movimento com o dedo no celular… Ou seja, o instinto vital se protegeu da fome e frio, mas hoje perdeu o sentido. Porém, mesmo passado milhares de anos e diversas mudanças culturais, ainda temos memória instintiva sobre tal ameaça.

A cada situação que o cérebro entende como uma ameaça ao estoque energético do organismo, a resposta é a mesma: uma ordem para guardar mais calorias. Instintivamente, o desejo de consumo será com opções com maior teor calórico e haverá reações cerebrais para reduzir o ritmo metabólico.

Ao longo da evolução, o cérebro também foi sendo condicionado a interpretar a comida como fonte de prazer. Hoje, há a procura de recompensas emocionais, que atuarão nos controles hormonais, em busca da manutenção da vida. O cérebro estimula o consumo de comidas que promovem a maior sensação de bem-estar. É por essa razão que ninguém procura compensação em um prato de salada.

Por isso, a importância da busca de um nutricionista caso o seu desejo seja uma mudança de hábito, pois haverá um estudo individual com seus gostos e preferências para que essas compensações sejam feitas e seu cérebro não boicote o seu processo de reeducação alimentar.

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