Na verdade, isso poderia ser uma afirmação, porque sim, você é invejoso! Se você for bem resolvido (psicologicamente falando), não irá se sentir incomodado ao ler isso.
A inveja é um sentimento caracterizado pela tristeza ou raiva diante da alegria ou conquistas alheias. Pode ser uma das faces mais comuns do que nós, psicólogos junguianos, chamamos de sombra, o lado inconsciente que temos resistência em reconhecer por algum motivo pessoal.
A tendência é de esconder essas sombras, negando as fragilidades e imaturidades, potencializando os sintomas com toda a negação ou repressão desse sentir.
Quando assumida e trabalhada a inveja, o sentimento pode impulsionar à inspiração e ação, tendo como o modelo a pessoa invejada, sendo uma saída saudável para se conquistar ou se aproximar do modelo desejado.
Mas, quando os sintomas sombrios são potencializados, a ação vem com sensação de impotência ou raiva, trazendo prejuízos apenas para o sujeito que sente tal emoção.
Ou seja, quem deve resolver a situação não é quem é invejado, mas quem está invejando.
Seja para um bem material, ou imaterial (como relacionamentos, amizades, habilidades, disciplina, coragem, carisma…), reconhecer a inveja e perceber que é um sentimento desenvolvido por todos pode ser um caminho para “fazer as pazes” consigo.
Uma forma amigável também pode ser observar, perceber, assumir e executar ações que transforme esse sentimento em algo inspirador, e se não for possível, assumir a admiração no outro.
Ao assumir a admiração no outro, encontrar essa mesma admiração em si acaba se tornando um caminho mais fácil também!